Olá pessoas!
Bom, semana
passada eu postei sobre Aves: o aparelho reprodutor da fêmea e reprodução, hoje vou falar sobre a incubação desses
ovos.
Não sei se vai
dar para postar toda semana, pois ainda tem a faculdade... Que estou adorando!
Mas vamos lá!
Aqui
na minha casa não temos chocadeira, por isso, a incubação dos ovos é feita pela
garnisé mesmo. Tenho uma que é sem raça definida, mas é uma ótima chocadeira, e
acabo colocando os ovos das outras para que ela choque.
Gosto
de colocar os ovos mais recentes possíveis para chocar, pois com isso o índice
de nascimento é maior. Coloco os ovos de no máximo 15 dias mas, como uma
garnisé é pequena, coloco os 10 mais recentes. E lembrando: aquela coisa de
colocar número ímpar de ovos para chocar é ilusão!
Não
gosto muito de deixar os ovos no ninho, sempre tiro e separo os que vou colocar
para chocar, deixando sempre só o indez. Quando a galinha entra no choco, não coloco
os ovos de imediato, pois pode acontecer de quando você mexer ela abandonar o
ninho. Espero dois ou três dias e dou preferência para colocar os ovos a noite,
porque ela não vai sair assim que você colocar a mão.
Prefiro latas de tinta vazias
para fazer os ninhos, com isso posso carrega-los para qualquer lugar e a
galinha continua no choco. Sempre retiro o ninho do galinheiro e coloco em um
viveiro que vá ficar somente aquela garnisé chocando, para não ter riscos de
outra garnisé entrar para botar e para a que esteja chocando ter bastante paz e
sossego.
Sempre
anoto em uma agenda o dia que coloquei os ovos para incubação, a quantidade de
ovos, qual garnisé está chocando e uma data prevista de eclosão desses
pintinhos. Deixo a garnisé que chocou cuidar dos pintinhos, pois acho que dá
menos trabalho do que cria-los separados, sem falar que é bom observar o amor e
o cuidado que as garnisés tem com seus filhotes, mas isso traz um ponto
negativo: os pintinhos terão o mesmo comportamento da mãe depois de grandes,
então observe o comportamento da garnisé antes de deixa-la chocar.
Após
sete ou dez dias de incubação, já dá para examinar os ovos com o auxilio do
ovoscópio e separar os que estão gorados. Eu particularmente quase não faço
isso, gosto de surpresa mesmo, só olho no ovoscópio depois que o primeiro
eclode, a partir daí fiscalizo quantos ainda tem para nascer.
Não
coloco a garnisé para fazer mais de uma incubação por vez, sei que alguns
criadores fazem isso, mais eu particularmente acho que começa a ser um
sofrimento para ela.
Os
ovos separados para a incubação necessitam de cuidados especiais: devem ser
guardados com a ponta mais larga para cima (câmara de ar), em local seco,
tranquilo e fresco, a uma temperatura entre 15º C e 20º C e umidade entre 70% e
80%. Temperaturas elevadas podem estimular o início do crescimento do embrião,
que poderá morrer antes de ser colocado para chocar. O ambiente muito seco pode
causar a desidratação do ovo e a morte das células germinativas. Gosto de
colocar os ovos que vão para incubação em um cômodo onde guardo ração dentro de
uma caixa de ovos em posição vertical (lembrando: a câmara de ar para cima) e
sempre uma vasilha com água por perto para estabelecer a umidade.
Ovos
separados para a incubação necessitam de uma higiene adequada: escolher
reprodutores sadios e criados em condições boas de higiene, ovos sujos com
fezes devem ser lavados delicadamente com sabão neutro, e os com casca
defeituosa (trincada, enrugada, muito fina ou deformada) devem ser descartados
da incubação. Esses cuidados evitam algumas doenças que possam estar presentes
na casca ou no interior do ovo.
Lembrando
que o desenvolvimento embrionário começa logo após a fecundação ocorrida no
infundíbulo e continua durante a formação do ovo.
No
processo de formação no interior da garnisé, a temperatura varia entre 40° C e
42° C. A primeira divisão celular começa mais ou menos três horas após a
fertilização. Pouco antes de ser posto, o embrião já possui em torno de 256 a
346 células indiferenciadas – dependendo do autor. Esse “embrião” pode ser
visto a olho nu sob a forma de uma pequena mancha branca na superfície da gema.
Assim que o ovo é posto, ele perde temperatura até se igualar com a do ambiente.
Se ela for elevada (acima de 28° C) o resfriamento do ovo será lento e pode
ocorrer a continuidade da evolução embrionária, só que em condições inadequadas,
causando a morte do embrião. Com isso, o quanto mais rápido o ovo atingir uma
temperatura em torno de 20° C, maior será as condições de sobrevivência do
embrião e o sucesso na incubação.
Quando
o ovo é colocado debaixo da garnisé para o início da incubação, reinicia-se o
processo de desenvolvimento do embrião, que começou quando o ovo estava no
interior da mesma, interrompido durante o armazenamento do ovo.
Bom,
pessoal, por hoje é isso, no próximo post, que tudo indica será semana que vem,
falarei um pouco sobre o desenvolvimento embrionário das aves. Lembrando a vocês
que me refiro a garnisés, mas isso vale também para galinhas caipiras e outras
raças. Até lá!
BIBLIOGRAFIA
Avicultura: tudo sobre raças, manejo e nutrição / Sérgio Inácio Englert. – 7º ed. Atual. – Guaíba: Agropecuária, 1998.
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